FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTO
Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação de Jovens e Adultos deixa claro
o devem de ser observadas as oferta e estrutura dos componentes curriculares
dessa modalidade de ensino. Cabe a cada sistema de ensino definir a estrutura e
a duração dos cursos da Educação de Jovens e Adultos, respeitadas as diretrizes
curriculares nacionais, a identidade desta modalidade de educação e o regime de
colaboração entre os entes federativos
No entanto, deve leva em conta o perfil do aluno no EJA esta
em uma concepção de mundo de uma pessoa que regressa aos estudos na idade
adulta, muitas vezes após anos afastados da escola ou mesmo daquele adulto que
está começando agora sua trajetória escolar, é bem peculiar. São pessoas que já
formaram sua visão de mundo pelas experiências vividas e que têm suas crenças e
valores já constituídos. Além disso, os alunos jovens e adultos, ao contrário
das demais modalidades de ensino, são tipos humanos diversos, com seus traços
de vida, origens, idades, vivências profissionais, históricos escolares, ritmos
e estruturas de aprendizagem diferenciadas. Vivem no mundo adulto do trabalho,
têm responsabilidades sociais e familiares e formaram seus valores éticos e
morais a partir da experiência e do ambiente da realidade cultural em que estão
inseridos. Neste contexto, o professor da EJA deve estar preparado para lidar e
agrupar essas diversas experiências trazidas pelo educando e usá-las a seu
favor e transformá-las em conhecimento significativo para o educando no
processo de ensino aprendizagem. Além, de se está atento a sua prática
pedagógica promovendo um ambiente favorável a aprendizagem significativa dos
seus alunos reconhecendo-os como grupo homogêneo, entretanto, respeita
heterogeneidade que permeia essa modalidade de educação.
Já avaliação da aprendizagem se configura como um dos
temas mais complexos no âmbito escolar. Na Educação de Jovens e Adultos, essa
questão torna-se ainda mais complexa por se tratar de uma parcela da população
excluída da escola. Ela deve ser orientada pelas habilidades, valores e competências,
estabelecidos no plano didático. Ela vai considerar a construção do
conhecimento de cada aluno. O professor deve avaliar constantemente,
propiciando atividades diferenciadas como reforço ao desenvolvimento das
habilidades dos alunos em defasagem. O professor não deve enfatizar apenas os
erros ou os desconhecimentos dos alunos mas levar em conta tudo o que já conseguiram
aprender.
Existem muitos instrumentos de avaliação que podem ser
utilizados pelo professor e pelo coletivo da escola, com o objetivo de envolver
o próprio aluno no processo avaliativo .Dentre os instrumentos avaliativos mais
usuais nas instituições de ensino temos:
• Mapa conceitual: fonte de coleta de dados para avaliação dos educandos, com o objetivo de verificar de que maneira se
estrutura o conhecimento;
• Portfólio: permite a compilação de todos os trabalhos realizados pelos estudantes,
para auxiliá-los a desenvolver a capacidade de avaliar seu próprio trabalho,
refletindo sobre ele, melhorando-o e ao professor, traçar referencias de classe
como um todo, a partir das análises individuais, como foco na evolução dos
educandos ao longo do processo de aprendizagem;
• Discussão coletiva: permite a socialização de saberes, confronto de ideias e
reflexão compartilhada;
• Conselho de classe: permite a troca de informação, registro pelo coletivo de
professores com objetivo de promover o desenvolvimento do aluno, respeitando
sua individualidade, seus limites e potencialidades;
• Auto avaliação: instrumento capaz de conduzir o aluno a uma modalidade de autoconhecimento
que se põe em prática a vida inteira.
• Relatório: constitui-se pelo registro de dados que expressam a comunicação
dos restados de planejamento concretizados;
• Observação: é elemento fundamental no
processo de avaliação, fornece informações referentes à área cognitiva, afetiva
e psicomotora do aluno